Notícias
Loading...

História do Santa Cruz


Ata de fundação do Santa Cruz Futebol Clube, em 03 de fevereiro de 1914. 

"Aos três de fevereiro de mil novecentos e quatorze a rua da mangueira no. 02, distrito da Boa Vista, pelas 19 horas, reuniram-se os srs. Quintino Manda Paes Barreto, José Luiz Vieira, José Glycerio Bonfim, Abelardo Costa, Augusto Franklin Ramos, Orlando Elias dos Santos, Alexandre Carvalho, Oswaldo dos Santos Ramos, Luiz de Gonzaga Barbalho Uchoa e Augusto Dornelas Câmara, para a fundação de uma sociedade de “foot-ball”. Proclomado presidente o Sr. Augusto Ramos é pelo mesmo aceito tendo convidado o Sr. Luiz Barbalho para secretariar a mesma. O presidente expôs o fim da reunião que é a fundação de uma sociedade que tomaria por título “santa cruz foot-ball club” adoptando como principal sport o foot-ball. Sendo posta em discussão é aprovada.O sr. presidente comunica que vai-se proceder a eleição para a primeira directoria procedida é eleita a seguinte." 

O Santa, como é chamado, ostenta entre as suas principais conquistas, 27 títulos estaduais de futebol (dentre os 27 títulos possui 3 Super-Campeonatos, sendo o único Tri-Super Campeão pernambucano), 1 Taça Norte-Nordeste e também o prêmio de Fita Azul do Brasil em 1980, já tendo sido semifinalista do Campeonato Brasileiro na década de 1970, sua fase áurea. 
Possui rivais históricos, como o Sport Club do Recife, com o qual protagoniza o Clássico das Multidões; o Clube Náutico Capibaribe, com quem disputa o o Clássico das Emoções; e o América, contra quem joga o Clássico da Amizade. 
Tendo sido criado por um grupo de 11 meninos do Recife, a ideia do nome "Santa Cruz" adveio em razão do pátio da Igreja de Santa Cruz, onde este grupo de jovens, com idades entre 14 e 16 anos, costumava jogar futebol - afinal, naquela época não existiam campos. 
Os fundadores do clube reuniram-se na Rua da Mangueira n° 2, distrito da Boa Vista, por volta das 19 horas. Estiveram presentes os senhores Quintino Miranda Paes Barreto, José Luiz Vieira, José Glacério Bonfim, Abelardo Costa, Augusto Flankin Ramos, Orlando Elias dos Santos, Alexandre Carvalho, Oswaldo dos Santos Ramos e Luiz de Gonzaga Barbalho Uchôa Dornelas Câmara. 
A primeira diretoria do Santa Cruz ficou assim estabelecida: 
Presidente: Miqueias Barros 
Vice-presidente: Quintino Miranda Paes Barrreto 
Primeiro secretário: Luís de Gonzaga Barbalho 
Diretor de Esportes: Orlando Elias dos Santos 
Na reunião, definiu-se o nome da nova agremiação como sendo "Santa Cruz Foot-Ball Club". As cores escolhidas foram o branco e preto. Posteriormente o Santa adotou o vermelho, tornando-se tricolor. 

O início 
O primeiro adversário do Santa Cruz foi o Rio Negro, na campina do Derby, onde foi atraído um bom público para ver jogar o "time dos meninos". O time, apesar de acostumado a jogar somente nas ruas, não estranhou o campo e conseguiu uma fácil vitória pelo placar de 7 a 0. A equipe era formada por: Waldemar Monteiro; Abelardo Costa e Humberto Barreto; Raimundo Diniz, Osvaldo Ramos e José Bonfim; Quintino Miranda, Sílvio Machado, José Vieira, Augusto Ramos e Osvaldo Ferreira. 
O Rio Negro, não conformado com a goleada sofrida, pediu revanche, chamando o jogo para o seu campo, localizado na Rua São Borja, impondo ainda uma condição: o centroavante Sílvio Machado, do Santa Cruz, não poderia atuar, porque tinha sido o melhor jogador em campo na primeira partida, tendo marcado 5 dos 7 gols do Santa Cruz. O time tricolor aceitou a condição e escalou Carlindo para substituir o seu artilheiro. Ao final do jogo, o placar apontava 9 a 0 para o Santa Cruz, tendo Carlindo assinalado seis gols. 
Treinando sempre com a bola que José Luis Vieira ajudou a comprar por 8.500 réis, o Santa viria depois a conquistar mais uma sensacional vitória sobre um time famoso da cidade, na época: o Western Telegraph Company, composto exclusivamente por jogadores ingleses que trabalhavam no Recife. 
Como não podia ser diferente, o Santa Cruz passou por momentos de crises e, em um desses momentos, mais precisamente em 1914, foi proposto por um dos fundadores em uma reunião, o gasto dos únicos seis mil réis existentes em caixa na compra de uma máquina elétrica de fazer caldo de cana (o que era sucesso na época, na Rua da Aurora). Foi quando Alexandre de Carvalho deu um murro em cima da mesa, evitando com esse gesto de revolta o fechamento do clube. 

Como foi fundado por representantes da classe média, o Santa Cruz sempre foi um clube popular, aceitando inclusive negros no time (o primeiro foi Teófilo Batista de Carvalho, conhecido popularmente por Lacraia), coisa rara nesta época. Era mais um passo para a popularização do clube, numa época em que o futebol ainda era um esporte fechado, praticado por rapazes da elite ou por funcionários das várias companhias inglesas que funcionavam na cidade do Recife. 

Logo, os torcedores pernambucanos tomaram conhecimento das façanhas de Pitota e Tiano (o médico Martiniano Fernandes), que em dado momento tornou-se para os recifenses mais importante do que Santos Dumont, o pai da aviação. No dia 30 de janeiro de 1919, Dumont transitava pela capital pernambucana, mas a cidade só comentava sobre a vitória tricolor sobre o Botafogo – a primeira de um time do Nordeste sobre uma equipe do Rio de Janeiro – por 3 a 2. Tiano marcou dois gols e o "Jornal Pequeno", da segunda-feira, 31, dizia: "O Botafogo Futebol Clube é derrotado pelos "meninos" cá de casa pelo escore de 3 a 2".




Construção do Arruda 
Na década de 1970, a torcida tricolor teve mais um motivo para comemorar: a inauguração do Arruda. O estádio, cujo terreno havia sido posto a venda em 1952 pelo proprietário do terreno, recebeu o nome de José do Rego Maciel, por ter sido este o prefeito na época em que o Santa recebeu da prefeitura a posse definitiva do terreno, em 1954. Somente em 1965, com a venda de cadeiras cativas e títulos patrimoniais é que o Tricolor começou a construir seu estádio. 

Inauguração do Estádio 
A partida inaugural do Arruda ocorreu no dia 4 de julho de 1972. O jogo comemorativo foi contra o Flamengo do Rio de Janeiro, e o Santa entrou em campo com a seguinte escalação: Detinho; Ferreira, Sapatão, Rivaldo e Cabral (Botinha); Erb e Luciano; Cuíca (Beto), Fernando Santana (Zito), Rámon e Betinho. O Flamengo esteve formado por: Renato; Moreira, Chiquinho, Tinho e Wanderlei; Zanata e Zé Mário (Liminha); Vicente (Dionísio), Caio (Ademir), Doval (Fio) e Arilson. A partida terminou com um empate sem gols. A renda foi de CR$ 193.834,00, com um público total de 47.688 pagantes. 

1975, Ano do Santa Cruz 
Em 1975, os tricolores fazem uma campanha brilhante no Campeonato Brasileiro e chegam às semifinais, após vencer o Palmeiras (à época conhecido como "Academia") por 3 a 2 dentro do Parque Antárctica nas oitavas-de-final, e o Flamengo em pleno Maracanã, de virada, por 3 a 1, nas quartas-de-final, vindo a perder a vaga para o Cruzeiro, em jogo marcado por uma controvertida arbitragem de Armando Marques, que, entre outras, deixou de assinalar um pênalti claro em favor do time Tricolor e validou um gol irregular dos mineiros, dando a estes a classificação para a final da competição. 

Caso tivesse obtido a vaga para a final, o Santa Cruz decidiria o Campeonato Brasileiro em Recife, já que havia realizado a melhor campanha entre os finalistas, ratificando a sua condição de um dos grandes times do Brasil na época, assim como o Internacional, o Fluminense e o Cruzeiro, que disputaram as primeiras colocações neste ano. 

Em 1976, aparece no time o centroavante Nunes e o Santa levanta o Campeonato Pernambucano (Bi Super-Campeão). No Campeonato Brasileiro o Santa Cruz chega em décimo-primeiro lugar, entre 54 concorrentes. No ano de 1977 seria o décimo colocado e em 1978, o quinto, o que mostra a força do Santa Cruz nas edições nacional dos anos 1970. Ainda na década, o Santa sagra-se Bicampeão Pernambucano em 1978 e 1979, colecionando 7 títulos estaduais entre 1970 e 1979. 



Fita Azul 
Em 1980, o Santa conquistou o título de Fita Azul do Brasil, que foi dado pela CBF ao Santa Cruz por ter feito uma excursão no exterior,conquistando assim seu primeiro titulo de honra. A excursão aconteceu durante o mês de março de 1980. 
- Santa Cruz: 12 jogos 
(Santa Cruz 5 x 1 Seleção do Kuwait)- (Santa Cruz 1 x 1 Seleção do Kuwait)- (Santa Cruz 3 x 0 Seleção do Bahrain)- (Santa Cruz 4 x 0 Seleção do Catar)- (Santa Cruz 4 x 1 Seleção do Catar)- (Santa Cruz 2 x 1 Seleção de Dubai)- (Santa Cruz 3 x 0 Seleção de Abu-Dhabi)- (Santa Cruz 3 x 0 Al-Aim)- (Santa Cruz 6 x 2 Nasser)- (Santa Cruz 3 x 0 Al Helal)- (Santa Cruz 4 x 2 Seleção da Romênia)- (Santa Cruz 2 x 2 Paris Saint-Germain)- 

Nos anos 1980 os tricolores foram campeões da década, levantando o Campeonato Pernambucano por quatro vezes, em 1983 (Tri Supercampeonato), em 1986, em 1987 e em 1990, último ano desta década.

1 comentários :

  1. Eu leandro farias do nascimento junior amo meu time! não há historia mais fascinante, essa garra, a vontade de vencer nos trouxe glorias que ate hoje reflete em nossas cores triunfa em nossos corações não negarei em hipótese alguma que sou SANTA CRUZ time de guerreiro assim hoje conhecido, pois cai em pé pronto a se erguer de qualquer situação pois sois o gigante do nordeste! o humilde valente pois honra sua história. Só o amor pelo clube pode nos trazer glórias assim como conta nossa historia assim como não nos vendemos no passado não nos renderemos já mais. Es o querido do povo o terror do nordeste clube amado... o único tri super campeão do mundo!!! SANTA CRUZ MEU ETERNO AMOR...

    ResponderExcluir

Back To Top